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quarta-feira, 8 de maio de 2019
Encontro com a escritora Isabel Stilwell
No dia 6 de maio, recebemos no auditório da ESSM, a escritora Isabel Stilwell que nos veio falar sobretudo dos seus romances históricos. Foi atividade dirigida aos alunos de História dos 11º M e 12º M, embora estivessem presentes no auditório alunos de outras turmas.
COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESSEN, NA ESCOLA EB1JI DO LINHÓ
No dia 3 de maio, duas docentes da equipa da Biblioteca da
Escola Secundária de Santa Maria, deslocaram-se à EB1JI do Linhó, para uma
actividade comemorativa do centenário do nascimento da escritora e poetisa
Sophia de Mello Breyner Andressen.
Salienta-se o envolvimento ativo dos alunos e da professora
do 3º ano e a curiosidade e interesse que estes demonstraram relativamente à
obra Menina do Mar.
Esta visita serviu como ponto de partida para um trabalho
colaborativo, envolvendo os encarregados de educação, funcionando também como
atividade impulsionadora da frequência da biblioteca desta escola, que passou a
fazer parte da Rede de Bibliotecas Escolares.
Poesia e textos para guardar cuidadosamente na
biblioteca ... e no coração. Com esplêndidas aquarelas da pintora grega Dafni
Tzitzivakos, É um presente de um poeta, maravilhoso e delicado.
Pablo Neruda nasceu
em 1904, no Chile. Considerado um dos mais importantes poetas do século XX,
estreou-se na literatura com apenas vinte anos. Durante muito tempo, conciliou
a vida literária e a diplomática: foi cônsul do Chile na Espanha e no México e
embaixador chileno na França. Em 1971, recebeu o Prémio Nobel de Literatura e o
Prémio Lenine da Paz. Morreu em 1973.
Livro do mês
Poema do mês de maio
Poema do mês
Mãe
Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?
Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.
Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.
Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?
Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.
Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.
Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Miguel
Torga, in 'Diário IV'
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