Magnífico encontro com o escritor Miguel Real que nos falou hoje, da identidade nacional e do modo de ser português.
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quarta-feira, 25 de maio de 2016
ENCONTRO COM O ESCRITOR MIGUEL REAL
Magnífico encontro com o escritor Miguel Real que nos falou hoje, da identidade nacional e do modo de ser português.
quinta-feira, 12 de maio de 2016
segunda-feira, 2 de maio de 2016
LIVRO DO MÊS
MIGUEL REAL,
O último negreiro
O Último Negreiro, romance sobre o tema da
escravatura, narra a vida do negreiro português Francisco Félix de Sousa entre
São Salvador da Bahia, terra de acolhimento dos barcos tumbeiros carregados de
escravos, e Ajudá, no Daomé (hoje Benim), feitoria central de exportação de
escravos do Golfo da Guiné. Em São Salvador, nos finais do século XVIII,
Francisco Félix de Sousa convive com o banqueiro Marinhas, financiador do
tráfico de escravos, os judeus Simão e Samuel Dias (filhos de Violante Dias, de
A Voz da Terra), D. Francisquinha, viúva carinhosa apaixonada por Félix de
Sousa, o povo miúdo mulato autor a «revolta dos Alfaiates», primeira
insurreição brasileira que exige a abolição da escravatura e a libertação do
domínio português, o soldado Luiz Gonzaga das Virgens, enforcado e esquartejado
na Praça da Piedade, o comerciante iluminista Francisco Agostinho Gomes,
proprietário da maior biblioteca da Bahia, obreiro de jantares de carne
vermelha à sexta-feira santa, o dr. Baratinha, futuro deputado às Cortes Constituintes
e herói da libertação do Brasil, o professor de Grego e Latim Moniz Barreto e
Aragão, eterno solitário amante de Cícero, gatos e cachaça, e o tenente
insurrecto Hermógenes Pantoja, de casamento realizado à rebeldia da Igreja.
Em São João Baptista
de Ajudá, Francisco Félix de Sousa, conhecido com o título nobre e «Chàchá»,
torna-se o maior dos traficantes negreiros da primeira metade do século XIX,
construindo um império tão mais magnificente quanto mais rapidamente se
desmorona acossado pelas frotas navais da Inglaterra, país que decretara a
abolição da escravatura em 1807.
Do seu legado,
dividido entre os três filhos mais importantes (os naturais contam-se em cerca
de uma centena), nasceu o clã dos «Sousa» (ou «Susa»), ainda hoje existente no
Benim, imortalizado pela obra-prima de Bruce Chatwin, O Vice-Rei de Ajudá.
In Wook
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